O vazio ao nosso alcance

O guardião dos tormentos humanos

A face em facetas

O traço de formas arredondadas

Brotos de esperança em uma vida seca

O topo da solidão



O abismo

Danças  à beira do abismo

Esta música sem sentido

Carregada de simbolismos

Que já mais terás entendido

Cantas  à beira do abismo

Versos  doloridos

Carregados de egoísmo

Que já mais serão ouvidos

Te  jogas neste abismo

Num vôo descabido

Recitando paralogismos

De tudo que tens vivido

E no fundo deste abismo

Percebas não ter morrido

Cantas os teus saudosismos

Danças por ter sobrevivido

(Luia - 10/11/2010)

Entre linhas

A percepção do tempo passado

Flor de retórica - ornamento poético

Contemplando o caos

A inércia do boneco humano diante do abismo da vida

Anatomia do vazio

Sonhos naufragados 1

As tetas do poder e a cara da fome

A poética do verso preso

Na alma um vazio

Pensamentos puros - Lembraças vagas

Natureza em agonia

Sonhos à deriva

A tentação

Sonhos naufragados 2

O esboço

Rabisco traço a traço

corpo e alma em pedaços

e sem amarras ou laços

os solto neste espaço

Rascunho passo a passo

a angustia que traço

desnudo sem compasso

o desenho que me faço

Revelado  o que traço

me desfaço

me disfarço

me refaço

Já renovado

sem  carne  e  sem osso

fico exposto

Acabado

ainda sou um esboço

(Luia - 30/09/2010)

Preso em si

Preso em si

Pensamentos Atormentados

Pensamentos Atormentados

A Vênus de Luia

A Vênus de Luia

Pensamentos Vagos

Pensamentos Vagos

Anjo Dilacerado

Anjo Dilacerado

Ponto de partida

De um pequeno ponto nasce o traço

que sem destino corre pelo papel

escreve, desenha, desnuda e

revela minhas angustias

até morrer no ponto final